Professores lotam plenário da Câmara e cobram prefeito de Marabá

Fonte: Camará Municipal de Marabá

4/29/20252 min ler

Escreva aqui Muitas promessas de campanha têm pesado na relação do atual prefeito de Marabá com a classe de educadores e servidores públicos do município. Entre eles, o plano de Cargos, Carreiras e Salário, aumento do valor do vale-alimentação e, principalmente, o pagamento do piso da educação aos professores do município.

Com um dos principais motes de sua Campanha, o prefeito Toni Cunha dizia, reiteradamente, que piso não se discute, se paga.

Na manhã de hoje, com o plenário da Câmara Municipal de Marabá lotado, os educadores municipais cobraram o gestor para o cumprimento da promessa.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Pará (SINTEPP), Subsede Marabá, Tatiana Alves, explicou que na última semana, o Poder Executivo apresentou proposta de um percentual de pagamento de reajuste salarial de 3,15% em maio de 2024 e 3,15% em janeiro do ano que vem, para os servidores da educação. Mediante à proposta que consideraram inaceitável, a classe decidiu pelo movimento de greve.

Tatiana lembrou que a educação tem recursos específicos do Fundeb, que é repassado pelo Governo federal, e que prevê dinheiro para pagamento do reajuste do servidor. “O Fundeb teve um acréscimo e se ele de fato cumprisse com a promessa de campanha, já teria iniciado esse repasse e o governo dele deveria ter concedido os 6,30% de aumento, que sua responsabilidade”.

A sindicalista reiterou que a categoria não está colocando a faca no pescoço do gestor. Ela ainda lembrou que os professores sempre fizeram manifestação e houve negociação com as antigas gestões e que em vários momentos obtiveram reajuste. “Em 2024 o valor do piso foi 3,67%, e o governo municipal concedeu 5%”, lembrou Tatiana.

Para ela, o gestor atual, Toni Cunha, está sendo desonesto ao colocar que a categoria não se posicionou. “O nosso sindicato é combatente, sempre lutamos, há mais de 30 anos. Com o trabalhador é assim, sempre com luta. Este discurso do gestor municipal é mentiroso, alegando que não há reajuste há 10 anos. “Temos uma dívida de quase R$ 12 milhões, e vamos debater dia 8 de maio. Não há justificativa para a gestão não conceder 6,30%. É importante uma reavaliação do prefeito”.

Tatiana considerou que a proposta feita pelo prefeito Toni Cunha em relação ao vale-alimentação é evasiva, com reajuste de apenas R$ 100,00. Assim ele revela que não quer valorizar o servidor, pois é o único município que não se preocupa com isso na região. Se ele tivesse boa vontade de cumprir o que prometeu em campanha, resolveria o que é de responsabilidade dele e o que ficou da antiga gestão diluiria ao longo dos próximos quatro anos”.